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A Importância do Levantamento Florístico e Fitossociológico

Em 21 de setembro de 2017
A importância do levantamento florístico e Fitossociológico (1)

O levantamento florístico e fitossociológico são a base para o conhecimento da estrutura da vegetação. Dessa forma, utiliza-se esses estudos em diversas análises da vegetação. O estudo consiste na identificação das espécies presentes na área de interesse, bem como a estrutura vertical e horizontal da vegetação. Assim, para a realização coleta-se as variáveis dendrométricas, material para a identificação das espécies, e outras informações pertinentes. A partir dessas informações, pode-se calcular diversos parâmetros, bem como a identificação das espécies e famílias da área. Dessa forma, é inegável a importância do levantamento florístico e fitossociológico para o conhecimento da vegetação, bem como para o manejo e conservação dos recursos florestais. Todas essas análises podem ser realizadas no Mata Nativa de forma rápida e com grande precisão. No texto, discutiremos sobre esses pontos levantados até aqui.

Fitossociologia

A fitossociologia é o ramo da Ecologia Vegetal que procura estudar, descrever e compreender a associação existente entre as espécies vegetais na comunidade. Portanto, com a descrição da associação das espécies em uma área pode-se caracterizar as unidades fitogeográficas, como resultado das interações destas espécies entre si e com o seu meio.

Um estudo fitossociológico além da composição da flora, fornece informações sobre volume, sortimentos, área basal, altura média das árvores dominantes, biomassa e diâmetro médio. Além disso, considera-se outras características, como: densidade, dominância, índice de valor de importância, posição sociológica, índice de regeneração natural, etc.

Por fim, os estudos sobre a composição florística e a estrutura fitossociológica das formações florestais, oferecem também, subsídios para a compreensão da estrutura e da dinâmica das formações florestais, parâmetros imprescindíveis para o manejo e regeneração das diferentes comunidades vegetais.

Importância do Levantamento Florístico e Fitossociológico

Os estudos fitossociológicos, florísticos e estruturais de remanescentes florestais são extremamente importantes, sendo o ponto inicial para adoção de critérios e metodologias visando o manejo, conservação, a produção de sementes e mudas, a identificação de espécies ameaçadas, a avaliação de impactos e o licenciamento ambiental.

A fitossociologia possui um papel importante nos programas de gestão ambiental, como nas áreas de manejo e recuperação de áreas degradadas. Além disso, as análises florísticas permitem comparações dentro e entre formações florestais no espaço e no tempo, gera dados sobre a riqueza e diversidade de uma área, além de possibilitar a formulação de teorias, testar hipóteses e produzir resultados que servirão de base para outros estudos. Por meio dos levantamentos fitossociológicos, pode-se estabelecer graus de hierarquização entre as espécies estudadas e avaliar a necessidade de medidas voltadas para a preservação e conservação das unidades florestais.

Florística

A florística visa indicar o conjunto de unidades taxonômicas que compõem a floresta, como as suas espécies, gêneros e famílias. Assim, o objetivo de um levantamento florístico é listar as espécies vegetais ocorrentes em uma determinada área. Para a realização do levantamento florístico existem alguns métodos, como do caminhamento. Esse método consiste em percorrer a área de interesse, coletando e identificando as espécies encontradas. Nesse sentido, realiza-se o estudo com o objetivo de reconhecimento da área, elaboração de listas de espécies e análise de dados. Porém, o método mais empregado é por meio de parcelas, em que se coleta informações para o estudo fitossociológico e florístico. Nesse caso, identifica-se todas espécies que entram no critério de inclusão e coleta-se o seu material botânico.

Os estudos florísticos, além de gerar informações sobre a classificação e distribuição taxonômica no nível de família e espécie de uma comunidade vegetal, também podem fornecer informações sobre atributos ecológicos das espécies, como formações de grupos ecológicos, síndromes de dispersão, fenologia e formas de vida, dentre outros. Tendo em vista, que representam uma importante etapa no conhecimento de um ecossistema por fornecer informações básicas para os estudos biológicos subsequentes. Tais informações podem ser utilizadas na elaboração e no planejamento de ações que tem como objetivo a conservação, o manejo ou mesmo a recuperação das formações florestais.

Diversidade florística      

A diversidade é composta pela variedade de espécies e o número de indivíduos dentro de cada espécie. Na maioria das vezes os estudos de diversidade estão relacionados aos padrões de variação espacial e ambiental. Desse modo, quanto maior a variação ambiental, maior será a diversidade de espécies do ecossistema.

Riqueza e diversidade de espécies são dois termos distintos ecologicamente, porém, muitas vezes, utiliza-se de forma semelhante. A diversidade não está correlacionada ao número de indivíduos por hectare (densidade) da população, mas sim com conjunto de espécies e com o seu número de representantes. Já a riqueza, destaca o número de indivíduos de determinadas espécies.

Uma das formas de quantificação da diversidade é por meio da contagem das espécies encontradas nas amostras. Dessa forma, considera-se a diversidade a própria riqueza de espécies de determinada área. Segundo alguns autores, a diversidade é um parâmetro possível de ser mensurado, cujos valores encontrados podem ser explicados por uma série de teorias e expressões matemáticas. Há também, autores que defendem que o conceito de riqueza de espécie, é o número de espécies amostradas na comunidade, o que poderia ser uma definição de diversidade. Seguindo essa vertente, estudos realizados apontam para o surgimento de um outro conceito, que é o de equabilidade, definida como a igualdade relativa dos valores de importância (VI) de espécies dentro de uma amostra.

Interpretação de Cálculo do Inventário Florestal: Estrutura horizontal

Mata Nativa

O Mata Nativa é um software que possui as principais técnicas de inventário e análise fitossociológica, com aplicação efetiva em todos os biomas brasileiros.
Além disso, existe uma versão para dispositivos móveis, o Mata Nativa Coletor, que agiliza a coleta de dados em campo e elimina o processo de digitação das fichas de campo, diminuindo o tempo de elaboração do projeto e consequentemente reduzindo o custo do inventário florestal. O Mata Nativa pode ser acessado pelo link: https://web.matanativa.com.br/. Por ser uma plataforma online, pode-se acessar em qualquer lugar e em qualquer computador. Tal fato, permite o compartilhamento dos dados e análises com os membros do estudo. Assim, pode corrigir os dados com maior facilidade, e refazer as análises em caso de necessidade.

O software permite, dentre muitas análises, realizar diagnósticos qualitativos e quantitativos de formações vegetacionais, análises fitossociológicas completas, elaborar inventários e planos de manejo, monitorar a floresta por meio de inventários contínuos acompanhando o crescimento e desenvolvimento das espécies e analisando as características de valoração e exploração florestal.

Como fazer no Mata Nativa

Para a realização dos estudos fitossociológicos e florísticos dentro do Mata Nativa, é muito rápido, preciso e fácil, basta seguir o passo a passo.

1º Realizar o login

Para entrar no site é necessário estar cadastrado na plataforma, para isso basta clicar em cadastrar-se. Nessa etapa é exigido informações pessoais, como e-mail, nome completo, telefone. Após o cadastro dessas informações, para acessar, basta inserir o e-mail e a senha cadastrados.

2º Cadastrar projeto

Após entrar no Mata Nativa, empreende-se o cadastro dos dados em um projeto, para analises dos dados. Assim, para cadastrar o projeto, basta clicar em novo projeto e inserir o nome do projeto, descrição, e o tipo de amostragem (casual simples, casual estratificada e inventário 100%).

3º Inserir planilha de dados

Após a criação do projeto, é necessário importar os dados para o Mata Nativa. Assim, executa-se essa etapa com a importação da planilha do Excel. Na plataforma existe um modelo para a construção da planilha. Caso esteja diferente, não há problemas, pois existe uma possibilidade de associar as colunas da planilha do Excel, com os nomes utilizados no Mata Nativa.

4º Cálculos da florística

Com os dados importados e conferidos, basta clicar em calcular. Nessa aba aparece várias opções, e existe a aba florística que é subdividida nas opções: espécie, gênero, família e variável descritiva. Além disso, pode-se escolher como o cálculo será realizado, se por parcela ou estrato. Também há a opção de escolher como as árvores serão apresentadas. Assim, pode-se marcar as seguintes opções: considerar cada fuste como um indivíduo, apresentar espécies sem indivíduos relacionados, exibir nome científico simplificado e ordenar por VI. Importante: pode marcar mais de um item nessa opção.

Para fazer os cálculos, basta selecionar uma das sub-abas e clicar em calcular, para apresentar a análise dos dados.

5º Cálculos da fitossociologia

Para a realização da análise fitossociológica, utiliza-se diversos parâmetros, como a estrutura vertical e horizontal. Assim, pode calcular todos esses parâmetros no Mata Nativa. Para isso, basta clicar em calcular e aparecerá as opções de estruturas, em que tem a opção da estrutura horizontal e a aba da estrutura diamétrica. Como exemplo, mostraremos como é realizado o cálculo da estrutura horizontal, em que aparece os índices de densidade, frequência, dominância, entre outros.

Após clicar em estruturas, a primeira aba é estrutura horizontal. Nessa aba, deve-se escolher as casas decimais, a forma que os dados serão agrupados, se por parcela ou estrato, como será calculado, se por espécie, gênero ou família. Além disso, tem a opção de apresentar as árvores, por árvore adulta ou árvore de regeneração, e outra opção de apresentar as árvores (opções: considerar cada fuste como um indivíduo, apresentar espécies sem indivíduos relacionados, exibir nome científico simplificado e ordenar por VI). E por fim, pode-se calcular parâmetros estatísticos por variável dendrométrica, como a média, máximo, mínimo, variância, desvio padrão e mediana.

Após marcar todas as opções desejadas, basta clicar em calcular, para apresentar a análise dos dados.

Conclusão

Os estudos fitossociológicos e florísticas são muito importantes para conhecer e descrever a vegetação de área. Sendo assim, em diversos empreendimentos que envolvem vegetação é necessário a realização desses estudos. O Mata Nativa é software completo para estudos como esses, pois todos os índices podem ser calculados. A plataforma permite a obtenção das análises de forma precisa, rápida e de grande aceitação por órgãos ambientais. Para acessar todas as funcionalidades, basta entrar em contato com os nossos consultores. Não perca tempo!

Revisado por Kelly Marianne Guimarães Pereira em 30/09/2023

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Autor(a)

Engenheira Florestal formada pela Universidade Federal de Viçosa. Continuou seus estudos na Technische Universität München, Alemanha, onde cursou disciplinas do Mestrado em Manejo de Recursos Sustentáveis com ênfase em Silvicultura e Manejo da Vida Selvagem. Dedicou grande parte da sua carreira a projetos de Educação Ambiental e pesquisas relacionadas à Celulose e Papel. Trabalhou com Restauração Florestal e Formação Ambiental no Meio Ambiente Florestal da Fibria Celulose S/A e como consultora em projetos de Inventário Florestal, Averbação de Reserva Legal e Mapeamento de Áreas, na Florestal Jr. Atualmente é mestranda em Ambiente, Sociedade e Desenvolvimento pela UFRJ, Consultora de Comunicação da Ocyan e Gestora de Conteúdo do blog Mata Nativa.
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